segunda-feira, 25 de maio de 2020

Em Iguatu, Varejo amarga queda nas vendas de até 80% durante pandemia

Foto Wandenberg Belém
A pandemia do coronavírus traz uma crise econômica que afeta o varejo nas cidades do Interior cearense. Incerteza e insegurança são palavras que definem a realidade de quem vive do setor comercial, não essencial, que está fechado há mais de dois meses.

Em Iguatu, cidade polo do Centro-Sul cearense, a queda nas vendas nesse período é 70% a 80%, segundo levantamento feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

O comerciante Cláudio Gomes disse que os lojistas vivem momento de incerteza. “A nossa situação está muito difícil”, frisou. “Com as lojas fechadas, não há vendas”.

O empresário José Mota Luciano (Dedé Duquesa), presidente da CDL, reconhece a queda nas vendas. “O quadro é grave, é uma das maiores crises que enfrentamos e não sabemos quando vamos retornar as atividades”.

Duquesa reclamou ainda do atraso do financiamento anunciado pelo governo federal para as empresas. “Isso traz mais dificuldades e o prazo de apenas 30 dias para pagar o financiamento não é viável porque as lojas estão fechadas, sem vendas, e muitos comerciantes estão sem poder pagar os boletos que estão sendo protestados”.

Vendas por WhatsApp

Algumas empresas passaram a vender por telefone e pela internet por meio de aplicativos. Cartazes na frente das lojas indicam o telefone para atrair o consumidor diante da nova realidade.

O consumidor Adriano Frutuoso é um dos que passaram a comprar por telefone. “É uma opção para evitar que as pessoas saiam de casa e possam ficar mais protegidas”, defendeu.

O consultor empresarial João Alverne Albuqerque, mostra a importância das empresas se adequarem aos novos tempos e fala da tendência atual. “As compras por plataforma digital como WhatsApp vem ganhando força para a entrega do produto na casa do consumidor, que já eram praticadas por pizzarias e restaurantes, mas agora a opção do ‘delivery’ chega a outros setores do varejo”, pontuou.

João Alverne acredita que a compra e venda por meio de telefone será a tendência nas cidades do interior para o período após a pandemia do novo coronavírus.

Com informações do Diário do Nordeste.