Uma pessoa morre a cada 79 acidentes de trânsito registrados em Fortaleza. Somente em 2017, foram 256 óbitos e mais de 15 mil pessoas ficaram feridas nas ocorrências. Os números constam no Relatório Anual de Segurança Viária 2017, divulgado ontem pela Prefeitura de Fortaleza, e se unem a outro dado para alertar sobre urgência de atentar à segurança viária na Capital como problema de saúde pública - a cada três pacientes atendidos no Instituto Dr. José Frota (IJF) em fins de semana, um é vítima de trânsito.
Os acidentes, aliás, estão entre as dez mais frequentes causas de morte em Fortaleza, superando os óbitos por arboviroses. Entre 2004 e 2017, conforme o relatório, mais de 4.700 pessoas morreram no trânsito na cidade, o equivalente à queda de 20 boeings lotados. "Muitas vezes, os leitos de hospitais públicos ficam ocupados por essas vítimas; então, atacar esse problema de mobilidade urbana é uma grande política de saúde", avalia o secretário executivo de Conservação e Serviços Públicos, Luiz Alberto Saboia.
Reincidentes
No IJF, cerca de 28% dos pacientes de trânsito são reincidentes, e, dentre eles, 73% são motociclistas - público que mais morre e mais mata nas vias públicas da cidade. No ano passado, de acordo com dados do relatório, 38,1% dos 1.613 atropelamentos foram causados por motociclistas. Os pilotos representaram, ao mesmo tempo, 56,9% das vítimas feridas e 44,9% das fatais em acidentes de trânsito gerais em Fortaleza.
O prefeito Roberto Cláudio ratificou que "a maior causa de internações em hospitais de urgência e emergência é o trânsito", e apontou ainda a corresponsabilidade entre sociedade e poder público na resolução do problema. "Existem três pontos difíceis de serem mudados: o uso do capacete por motociclistas, que é salvador; o hábito cultural de associar álcool e drogas à direção, que induz a um comportamento óbvio de risco e torna o veículo uma arma; e a redução de velocidade nas vias mais perigosas", ressalta.
Esta medida, aliás, foi apontada como importante para uma melhoria do cenário viário da Capital. De acordo com as estatísticas, o número de vítimas feridas no trânsito caiu 15% em um ano: ao todo, 18.295 pessoas se feriram em acidentes em 2016, contra 15.522 vítimas registradas no ano passado. A quantidade de óbitos também diminuiu, conforme o relatório: em 2016, foram 281 mortos no trânsito, caindo para 256 em 2017, uma redução de 9%.
Durante abertura da Semana de Mobilidade na Capital, o prefeito destacou como fundamentais para a redução dos acidentes as mudanças na engenharia de tráfego da cidade, os projetos educativos e o reforço na fiscalização - esta frisada pelo chefe de operações da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Disraelli Brasil. "Queremos zerar os acidentes, mas isso depende de uma força conjunta. Além de reforço nas sinalizações, mudança de sentido de vias, implantação de faixas de pedestre e semáforos e trabalho educacional, é necessária uma fiscalização ostensiva. Não existe educação sem isso".
Ações
Como parte da programação da Semana de Mobilidade, está prevista a conclusão de intervenções viárias - novos semáforos, extensão de calçadas, novas sinalizações - na Avenida Osório de Paiva, que registrou 129 mortes na última década. As medidas foram adotadas na Av. Leste Oeste, no início de 2018, e, de acordo com a AMC, reduziram em 63% os atropelamentos e em 54% os acidentes com vítimas.
Conforme o titular executivo da SCSP, o Centro da cidade também passará por mudanças, em até dois meses, para priorizar o uso das vias por pedestres e pelo transporte público coletivo. A Avenida Augusto dos Anjos, paralela à Osório de Paiva, será a próxima a receber as mudanças, informou a AMC.
Calçadas
Outra medida de segurança viária em elaboração pela Prefeitura é o Caderno de Boas Práticas de Calçadas, documento que deve "orientar a população sobre a melhor forma de adaptar e manter as calçadas para uso coletivo". O material será disponibilizado para contribuição popular, com o intuito de sanar um problema onipresente na Capital: a falta de padronização dos passeios. Com informações do Diário do Nordeste.
Os acidentes, aliás, estão entre as dez mais frequentes causas de morte em Fortaleza, superando os óbitos por arboviroses. Entre 2004 e 2017, conforme o relatório, mais de 4.700 pessoas morreram no trânsito na cidade, o equivalente à queda de 20 boeings lotados. "Muitas vezes, os leitos de hospitais públicos ficam ocupados por essas vítimas; então, atacar esse problema de mobilidade urbana é uma grande política de saúde", avalia o secretário executivo de Conservação e Serviços Públicos, Luiz Alberto Saboia.
Reincidentes
No IJF, cerca de 28% dos pacientes de trânsito são reincidentes, e, dentre eles, 73% são motociclistas - público que mais morre e mais mata nas vias públicas da cidade. No ano passado, de acordo com dados do relatório, 38,1% dos 1.613 atropelamentos foram causados por motociclistas. Os pilotos representaram, ao mesmo tempo, 56,9% das vítimas feridas e 44,9% das fatais em acidentes de trânsito gerais em Fortaleza.
O prefeito Roberto Cláudio ratificou que "a maior causa de internações em hospitais de urgência e emergência é o trânsito", e apontou ainda a corresponsabilidade entre sociedade e poder público na resolução do problema. "Existem três pontos difíceis de serem mudados: o uso do capacete por motociclistas, que é salvador; o hábito cultural de associar álcool e drogas à direção, que induz a um comportamento óbvio de risco e torna o veículo uma arma; e a redução de velocidade nas vias mais perigosas", ressalta.
Esta medida, aliás, foi apontada como importante para uma melhoria do cenário viário da Capital. De acordo com as estatísticas, o número de vítimas feridas no trânsito caiu 15% em um ano: ao todo, 18.295 pessoas se feriram em acidentes em 2016, contra 15.522 vítimas registradas no ano passado. A quantidade de óbitos também diminuiu, conforme o relatório: em 2016, foram 281 mortos no trânsito, caindo para 256 em 2017, uma redução de 9%.
Durante abertura da Semana de Mobilidade na Capital, o prefeito destacou como fundamentais para a redução dos acidentes as mudanças na engenharia de tráfego da cidade, os projetos educativos e o reforço na fiscalização - esta frisada pelo chefe de operações da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Disraelli Brasil. "Queremos zerar os acidentes, mas isso depende de uma força conjunta. Além de reforço nas sinalizações, mudança de sentido de vias, implantação de faixas de pedestre e semáforos e trabalho educacional, é necessária uma fiscalização ostensiva. Não existe educação sem isso".
Ações
Como parte da programação da Semana de Mobilidade, está prevista a conclusão de intervenções viárias - novos semáforos, extensão de calçadas, novas sinalizações - na Avenida Osório de Paiva, que registrou 129 mortes na última década. As medidas foram adotadas na Av. Leste Oeste, no início de 2018, e, de acordo com a AMC, reduziram em 63% os atropelamentos e em 54% os acidentes com vítimas.
Conforme o titular executivo da SCSP, o Centro da cidade também passará por mudanças, em até dois meses, para priorizar o uso das vias por pedestres e pelo transporte público coletivo. A Avenida Augusto dos Anjos, paralela à Osório de Paiva, será a próxima a receber as mudanças, informou a AMC.
Calçadas
Outra medida de segurança viária em elaboração pela Prefeitura é o Caderno de Boas Práticas de Calçadas, documento que deve "orientar a população sobre a melhor forma de adaptar e manter as calçadas para uso coletivo". O material será disponibilizado para contribuição popular, com o intuito de sanar um problema onipresente na Capital: a falta de padronização dos passeios. Com informações do Diário do Nordeste.