Desafios virtuais anônimos estão se popularizando entre jovens. Momo do WhatsApp é o mais novo deles e vem gerando preocupação em pais, educadores e especialistas em crimes virtuais não só no Brasil. Há relatos em vários países da América Latina.
No jogo, o usuário é levado a adicionar no aplicativo e trocar mensagens com um número desconhecido. Depois de salvar o contato, a foto macabra de uma escultura japonesa de olhos esbugalhados e rosto pálido aparece. O perfil passa a enviar fotos e áudios de conteúdos violentos. Além disso, faz ligações para o jogador em horários diversos, se enquadrando, por vezes, em atitudes de perseguição virtual.
Ao finalizar as tarefas, a "Momo" pede que tudo seja repassado para a agenda de contatos da pessoa, propagando ainda mais o jogo. A brincadeira pode ter se originado no Japão ou México, de acordo com o prefixo do número de celular.
Para o especialista em crimes virtuais e doutor em Direito Penal e Informático pela Universidade de São Paulo, Spencer Sydow, esses jogos são feitos com o intuito de ludibriar o usuário para que ele abra mão da privacidade sem perceber. A partir dessas conversas, a possibilidade do aparelho celular ou do computador ser invadido é maior. O criminoso pode ter acesso facilitado a dados sensíveis, como localização geográfica, círculo familiar, preferências e conversas íntimas, além de números de cartão de créditos e contas bancárias.
"Depois disso, ele pode vender informações e tentar extorquir fotos e dinheiro", explica Spencer. O especialista diz que não existe legislação específica para esses casos no Brasil. Entretanto, o Marco Zero da Internet e a Lei Carolina Dieckmann podem dar assistência para vítimas de perda de privacidade e vazamento de fotos íntimas.
A denúncia desse tipo de crime pode ser realizada em uma delegacia comum, já que nem todos os estados têm órgãos especializados.
Levar só prints da conversa, no entanto, não basta. É preciso levar o aparelho celular em cartório para realizar uma ata notarial e, assim, ele pode ser utilizado como prova.
Os riscos destes desafios virtuais, no entanto, vão além. Eles podem desencadear ansiedade, pânico e, em casos extremos, suicídios. Como foi o caso do jogo Baleia Azul, que ficou conhecido em 2017.
A psicóloga escolar Débora Araújo atenta para que pais se preocupem em monitorar o que os filhos fazem na internet. Ela explica que os jovens precisam de limites e acompanhamento para se sentirem mais seguros, estreitando os laços com os responsáveis.
Orientar que os jovens evitem esse tipo de interação com estranhos é imprescindível, mas outra forma de reprimir essas atividades é ensinar habilidades sociais. "Nada melhor do que interações presenciais. Ao passo que estas são desenvolvidas, é mais fácil que a criança saiba falar 'não' e ser assertiva com estranhos", afirma.Com informações do O Povo.
No jogo, o usuário é levado a adicionar no aplicativo e trocar mensagens com um número desconhecido. Depois de salvar o contato, a foto macabra de uma escultura japonesa de olhos esbugalhados e rosto pálido aparece. O perfil passa a enviar fotos e áudios de conteúdos violentos. Além disso, faz ligações para o jogador em horários diversos, se enquadrando, por vezes, em atitudes de perseguição virtual.
Ao finalizar as tarefas, a "Momo" pede que tudo seja repassado para a agenda de contatos da pessoa, propagando ainda mais o jogo. A brincadeira pode ter se originado no Japão ou México, de acordo com o prefixo do número de celular.
Para o especialista em crimes virtuais e doutor em Direito Penal e Informático pela Universidade de São Paulo, Spencer Sydow, esses jogos são feitos com o intuito de ludibriar o usuário para que ele abra mão da privacidade sem perceber. A partir dessas conversas, a possibilidade do aparelho celular ou do computador ser invadido é maior. O criminoso pode ter acesso facilitado a dados sensíveis, como localização geográfica, círculo familiar, preferências e conversas íntimas, além de números de cartão de créditos e contas bancárias.
"Depois disso, ele pode vender informações e tentar extorquir fotos e dinheiro", explica Spencer. O especialista diz que não existe legislação específica para esses casos no Brasil. Entretanto, o Marco Zero da Internet e a Lei Carolina Dieckmann podem dar assistência para vítimas de perda de privacidade e vazamento de fotos íntimas.
A denúncia desse tipo de crime pode ser realizada em uma delegacia comum, já que nem todos os estados têm órgãos especializados.
Levar só prints da conversa, no entanto, não basta. É preciso levar o aparelho celular em cartório para realizar uma ata notarial e, assim, ele pode ser utilizado como prova.
Os riscos destes desafios virtuais, no entanto, vão além. Eles podem desencadear ansiedade, pânico e, em casos extremos, suicídios. Como foi o caso do jogo Baleia Azul, que ficou conhecido em 2017.
A psicóloga escolar Débora Araújo atenta para que pais se preocupem em monitorar o que os filhos fazem na internet. Ela explica que os jovens precisam de limites e acompanhamento para se sentirem mais seguros, estreitando os laços com os responsáveis.
Orientar que os jovens evitem esse tipo de interação com estranhos é imprescindível, mas outra forma de reprimir essas atividades é ensinar habilidades sociais. "Nada melhor do que interações presenciais. Ao passo que estas são desenvolvidas, é mais fácil que a criança saiba falar 'não' e ser assertiva com estranhos", afirma.Com informações do O Povo.