Os números não são positivos para o Ceará no que diz respeito à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). De acordo com os dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) no início desta semana, por meio do boletim epidemiológico de influenza, 68 óbitos provocados por esse vírus foram contabilizados até o dia 19 de junho. O número é superior ao total de mortes por influenza registradas no Estado de 2009 a 2017.
Em um âmbito mais abrangente, a quantidade de óbitos por SRAG contabilizados no Ceará em 2018 também é alarmante: 130 casos, o que representa um aumento considerável em comparação ao ano de 2016, que registrou 40 mortes, o maior número até então.
"A influenza ocorre sazonalmente, mas em intervalos regulares, ela pode resultar em formas graves da doença. Cada cenário pode ser modificado pela chegada de um novo vírus, já que o vírus da influenza tem um grande potencial de mutação", explica Daniele Queiroz, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesa. Segundo ela, as mudanças sofridas pelo agente causador da gripe faz com que a população perca sua imunidade, uma vez que o vírus passa a ser diferente.
A coordenadora ressalta que as alterações são monitoradas através de pesquisas realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para onde as amostras do Ceará estão sendo encaminhadas. A partir da análise, é possível averiguar a diferença entre o vírus que circulava antes e o atual. "As pessoas que têm fatores de risco são mais propícias a desenvolver a forma grave da doença, que evolui muito rápido e pode levar a óbito, por isso reforçamos tanto a vacinação desse grupo", diz.
Alerta
"É preciso lembrar que a influenza está em grande evidência, e isso faz com que os profissionais de saúde fiquem mais alertas para cada ocorrência e, por isso, notifiquem casos o ano inteiro", destaca Daniele Queiroz. O mesmo não ocorria em outros anos, quando a influenza não tinha o mesmo destaque.
Em relação aos 68 óbitos pela gripe registrados no Estado, 75% destes foram causados por influenza A (H1N1), 5,8% por influenza A H3/sazonal, 4,4% por influenza A não subtipado, e 14,7% por influenza B.
De acordo com o infectologista Robério Leite, não há muita diferença clínica entre os vírus, mas a influenza A H3N2 tende a ser um pouco mais grave. "Para pessoas de maior risco, como bebês, gestantes e idosos, ou pessoas com doenças crônicas, esses pacientes tendem a ter casos mais graves, mas a maioria dos quadros de influenza A ou B tendem a ser mais leves", explica.
Ainda conforme o boletim epidemiológico, 2018 apresentou o maior número de casos de SRAG notificados desde 2009, um total de 1.297, bem como o maior número de casos de influenza, que chegou a 419. Foi também incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave por influenza, com 4,67 casos por 100 mil habitantes. "Na época do ano em que o vírus circula mais, se o médico avaliar e o paciente tiver um quadro de tosse, coriza, febre e desconforto respiratório, ele está caracterizando a SRAG, e se não tem um diagnóstico claro, deve ser tratado como se fosse uma infecção por influenza", afirma Robério. Com informações do Diário do Nordeste.
Em um âmbito mais abrangente, a quantidade de óbitos por SRAG contabilizados no Ceará em 2018 também é alarmante: 130 casos, o que representa um aumento considerável em comparação ao ano de 2016, que registrou 40 mortes, o maior número até então.
"A influenza ocorre sazonalmente, mas em intervalos regulares, ela pode resultar em formas graves da doença. Cada cenário pode ser modificado pela chegada de um novo vírus, já que o vírus da influenza tem um grande potencial de mutação", explica Daniele Queiroz, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesa. Segundo ela, as mudanças sofridas pelo agente causador da gripe faz com que a população perca sua imunidade, uma vez que o vírus passa a ser diferente.
A coordenadora ressalta que as alterações são monitoradas através de pesquisas realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para onde as amostras do Ceará estão sendo encaminhadas. A partir da análise, é possível averiguar a diferença entre o vírus que circulava antes e o atual. "As pessoas que têm fatores de risco são mais propícias a desenvolver a forma grave da doença, que evolui muito rápido e pode levar a óbito, por isso reforçamos tanto a vacinação desse grupo", diz.
Alerta
"É preciso lembrar que a influenza está em grande evidência, e isso faz com que os profissionais de saúde fiquem mais alertas para cada ocorrência e, por isso, notifiquem casos o ano inteiro", destaca Daniele Queiroz. O mesmo não ocorria em outros anos, quando a influenza não tinha o mesmo destaque.
Em relação aos 68 óbitos pela gripe registrados no Estado, 75% destes foram causados por influenza A (H1N1), 5,8% por influenza A H3/sazonal, 4,4% por influenza A não subtipado, e 14,7% por influenza B.
De acordo com o infectologista Robério Leite, não há muita diferença clínica entre os vírus, mas a influenza A H3N2 tende a ser um pouco mais grave. "Para pessoas de maior risco, como bebês, gestantes e idosos, ou pessoas com doenças crônicas, esses pacientes tendem a ter casos mais graves, mas a maioria dos quadros de influenza A ou B tendem a ser mais leves", explica.
Ainda conforme o boletim epidemiológico, 2018 apresentou o maior número de casos de SRAG notificados desde 2009, um total de 1.297, bem como o maior número de casos de influenza, que chegou a 419. Foi também incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave por influenza, com 4,67 casos por 100 mil habitantes. "Na época do ano em que o vírus circula mais, se o médico avaliar e o paciente tiver um quadro de tosse, coriza, febre e desconforto respiratório, ele está caracterizando a SRAG, e se não tem um diagnóstico claro, deve ser tratado como se fosse uma infecção por influenza", afirma Robério. Com informações do Diário do Nordeste.