Após a decisão do ex-ministro Joaquim Barbosa (PSB) de não entrar na disputa para presidente da República, o PDT tem estreitado as negociações para levar o PSB a apoiar a campanha do ex-governador do Ceará Ciro Gomes. Os pedetistas sinalizaram desistir das candidaturas a governador em estados onde o PSB possui nomes competitivos em troca da aliança. Partido também desenha aliança com o PCdoB.
No último congresso do PSB, realizado em março, ficou definida como prioridade a eleição de dez governadores. A possibilidade de ganhar terreno nos estados em que o PDT tem candidaturas possíveis é considerada uma boa estratégia para definir a união do partido com Ciro em outubro.
Pela estratégia, o PDT poderá abrir mão de lançar candidatura na Paraíba, onde a vice-governadora Lígia Feliciano tinha intenção de entrar na disputa, além do Distrito Federal, onde o atual presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, se articulava para competir.
O Amapá é o único estado onde o cenário político poderia atrapalhar a negociação entre os dois partidos. Neste estado, PSB e PDT são adversários em uma acirrada disputa. O atual governador Waldez Góes (PDT) vai concorrer à reeleição com o senador João Capiberibe, que já lançou pré-candidatura pelo PSB.