terça-feira, 28 de novembro de 2017

"Policial que não mata não é policial", diz Bolsonaro

O deputado Jair Bolsonaro, que já se declara pré-candidato à Presidência da República, confirmou nesta última segunda-feira, 27, que vai se filiar em março ao PEN, partido que poderá lançar sua candidatura. "Tenho acordo com Adilson Barroso presidente da sigla para ir ao PEN em março do ano que vem", disse o parlamentar em participação no fórum realizado pela Veja.

Apesar disso, o deputado disse ser o único "pré-candidato" a não ter hoje partido apoiando sua candidatura, nem bancada e, em entrevista dada logo após a participação do prefeito João Doria no evento, citou que tampouco conta com uma prefeitura. "Estamos sozinhos. Sou mais que o primo pobre, sou o primo paupérrimo nessa história."

O deputado falou no evento sobre planos para economia, área que disse ter sido massacrado ao reconhecer que não entendia, e, ao tratar de como pretende resolver problemas de segurança pública, tema que mais gosta de discorrer, mas que é de competência dos Estados, defendeu uma revisão do Código Penal. Isso porque avalia que os policiais não têm hoje direito sequer à legitima defesa.

"Temos que mexer no Código Penal e acabar com a figura do excesso. Dar dois tiros ou 15 no marginal para mim é a mesma coisa", afirmou Bolsonaro, recebendo aplausos da plateia que assistiu à entrevista dada ao jornalista Augusto Nunes.

Num momento em que criticou denúncias do Ministério Público sobre excessos em operações policiais de reintegração de posse, desafiou os promotores a estarem na linha de frente nesse tipo de ação. "Policial que não mata não é policial", disse.

O deputado, ao elencar as diferenças a outros candidatos, disse que fala a verdade, tem Deus no coração e, embora diga não ver como virtude, garantiu ser honesto. "Fui o único da base aliada na época que não foi comprado pelo PT".