sexta-feira, 28 de julho de 2017

Motorista da Uber foi confundido com inimigo


Guilherme e Silva Maia, 22, foi morto no último domingo, 23, por dois meninos de 13 e 15 anos, que acharam que o motorista da Uber, na verdade, era inimigo deles. A Polícia chegou à identificação dos adolescentes por mensagens recebidas no WhatsApp e pelo relato de uma testemunha que buscou a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde da quarta-feira, 26. Apreendidos no mesmo dia, no Ancuri, os garotos, segundo o órgão policial, confessaram o crime.

“Eles estranharam aquele veículo com motor ligado e farol apagado, dando a ideia de que seria alguém de um grupo (criminoso) rival, e decidiram se antecipar”, detalhou o diretor da DHPP, Leonardo Barreto, em entrevista coletiva ontem.

Ele especificou como teria sido a participação de cada um: o garoto de 13 anos teria arremessado uma pedra em direção ao carro de Guilherme e o de 15, disparado logo em seguida com uma espingarda calibre 12, que estilhaçou e atingiu em várias partes o corpo da vítima.

Mesmo que o motivo do crime esteja diretamente ligado a rivalidades entre facções — e que o Ancuri exiba advertências de supostas organizações criminosas nos muros —, o secretário da Segurança Pública, André Costa, disse que não há territórios no Ceará que impeçam a entrada da Polícia. “Naquele momento tinha algum policial lá? Infelizmente não conseguimos estar em todos os locais 24 horas por dia. Quando, naquele momento, não passa uma viatura, eles estão lá”.Segundo o diretor da DHPP, as investigações continuam para apreender outros dois suspeitos de envolvimento no assassinato — outro adolescente, que avisou da presença do carro parado, e um adulto responsável pela arma.


Fonte O Povo