sábado, 1 de julho de 2017

Fisioterapia ajuda a reduzir as dores da Chikungunya

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A estudante Guadalupe Costa, 20, está na fase subaguda da chikungunya. As dores nos dedos começaram há dois meses e logo disseminaram para outras articulações, como o joelho. Por iniciativa própria, faz alongamentos em casa, acompanhados pelo YouTube, além de exercícios aeróbicos. A fisioterapia, conforme o guia de manejo clínico dessa doença infecciosa febril, recomendada pelo Ministério da Saúde, pode ser o que está faltando no tratamento.

"As dores podem ser causadas por um quadro inflamatório de artralgia (nas articulações) ou mialgia (nos músculos)", explica o fisioterapeuta e osteopata Rafael Vieira. Embora não condene a atitude da estudante, relata que ela pode vir a se machucar ainda mais e "obter mais malefícios que benefícios".

Aguda, subaguda e crônica

A fase em que Guadalupe Costa se encontra é a subaguda (intermediária) e ocorre após a "aguda" ou febril. Na primeira fase, o paciente sofre, geralmente, devido a ocorrência de febre súbita, dores nas costas, lesões na pele, cefaleia e fadiga (na primeira semana). As dores, principalmente nas falanges, punhos e tornozelos, duram cerca de 14 dias.

Caso o tratamento não seja iniciado a tempo, a subaguda pode evoluir para a fase crônica (terceira e última). As dores articulares e nas regiões cervical e mandibular, assim como as alterações cerebelares, distúrbios do sono, déficit de atenção e desvios de humor são aspectos da enfermidade. A prevalência é em quase metade dos pacientes, porém pessoas com mais de 45 anos e do sexo feminino têm mais riscos de chegar a esse quadro.

É o caso da farmacêutica Ceciliana Souza Cardoso, que orientada por um reumatologista, respondeu a todo o tratamento de forma adequada, mas não escapou do nível crônico. "Mesmo com a fisioterapia e com os medicamentos, já estou chegando aos três meses de chikungunya. Não sei por que, em mim, ela foi tão devastadora", explica.


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