segunda-feira, 24 de julho de 2017

Cearense com sangue raro que salvou bebê deixou de fazer tatuagem para doar: 'Coisa de Deus'

Doação de cearense com sangue raro salvou bebê da Colômbia (Foto: TV Globo/Reprodução)
Doação de cearense com sangue raro salvou bebê da Colômbia.

O mecânico cearense José Ewerton Ribeiro, portador de um fenótipo sanguíneo raro, acredita ter sido designado por Deus para salvar um bebê colombiano de um ano. Ele possui o fenótipo "hh", ou Bombaim, e foi o primeiro doador internacional no Brasil a "exportar" esse tipo de sangue. Uma semana antes do ato que salvou uma vida, os amigos da academia onde ele pratica jiu-jitsu haviam combinado de fazer uma tatuagem. José Ewerton recusou.

"Uma semana antes [da transfusão], uns colegas meus foram fazer uma tatuagem e eu também fiquei com vontade. Mas pensei: se eu fizer, não vou poder doar sangue. Por coincidência, uma semana depois eu fui convocado [para fazer a doação que salvaria um bebê]."

Conforme o Hemoce, pessoas que receberam tatuagem podem doar sangue apenas 12 meses após a aplicação. Segundo o órgão, o intervalo é preciso porque nestes procedimentos há perfuração da pele para implantação de pigmentos; se houver reaproveitamento de pigmentos no sangue, poderá ocorrer a transmissão de algumas doenças, mesmo que a agulha seja descartável. "As doenças são infecto-contagiosas que podem ser transmissíveis pelo sangue, como por exemplo, vírus da hepatite B, que se caracteriza por uma longa sobrevivência no ambiente", explica o Hemoce.

Após ver a tatuagem dos amigos e ter salvo a criança em Medellín, na Colômbia, ele resistiu novamente. "Alguns colegas fizeram uma tatuagem sobre o esporte que eu pratico, que é o jiu-jitsu. Eu achei bonito e fiquei com vontade de fazer. Mas não fiz, porque eu sou doador de sangue e gosto muito de doar sangue. Eu pensei que poderia precisar [do sangue raro que possui], como foi da última vez", afirma. 
 
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