segunda-feira, 19 de junho de 2017

Cabra clonada produzida em Fortaleza deve ajudar no combate a doença rara

A cabra pode ajudar no combate a doenças raras (FOTO: Divulgação)


A pesquisa da Universidade de Fortaleza (Unifor) envolveu mais de 30 pessoas, entre professores, pesquisadores, alunos de Doutorado e Mestrado. A Gluca foi a primeira cabra clonada e transgênica da América Latina. Ela nasceu em 2014. As proteínas, produzidas pelas cabras clonadas, vão combater vários vírus e bactérias, como explica um dos pesquisadores e professor da Unifor, Caio Tavares.

“A gente tem no grupo nascidos três modelos, ou seja, três cabras diferentes para produzir três proteínas diferentes”, explica, em entrevista à Rádio Tribuna BandNews FM, na série de reportagens: Pesquisas Científicas.

Com o estudo vai ser possível produzir anticorpos contra o câncer, que serão desenvolvidos através do leite desses animais geneticamente modificados. Depois da clonagem, os pesquisadores induzem a lactação das cabras. Agora eles trabalham para purificar a enzima.

“Mais especificamente com a glucocerosidade já foram feitos ensaios de atividade que mostrou que a proteína funciona e também dentro do laboratório a gente faz vários testes para saber se esse DNA que estamos manipulando produz uma proteína ativa que funcione para as pessoas”, esclarece.

O alcance da pesquisa atravessa as paredes dos laboratórios, beneficiando principalmente pessoas que sofrem de doenças genéticas raras, como a doença de Gaucher, que é quando o organismo produz uma enzima responsável por digerir as partículas de gordura ingeridas na alimentação.

Os medicamentos que tratam a doença estão na lista de alto custo do Ministério da Saúde que importa o tratamento para mais de 700 pacientes no Brasil. O médico ginecologista Rigoberto Gadelha trata pacientes com essa doença.

“É uma doença genética rara transmitida de pais para filhos, e os primeiros sintomas são relacionadas ao aumento do figo e do baço, que são os órgãos que mais crescem, que muitas vezes leva a incapacidade física. O tratamento é feito mais tradicional é a base de um enzima que é produzida através de ovários e hamsters chineses, essa produção acontece em um laboratório internacional, que fica em Boston, nos Estados Unidos, e é importado pelo Brasil”, explica. 


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