quinta-feira, 29 de junho de 2017

Aos 85 anos, mulher cearense se permitiu a aprender a dançar


Não há idade para apreciar uma boa música, e menos ainda para se deixar envolver e seguir os passos que as batidas e acordes ditam. Na juventude, Maria Rodrigues gostava de dançar, “ia para o clube e dançava valsa, até tango se tocasse”.

Porém, quando casou, aos 36 anos, os ‘passos’ ficaram para trás. “Eu era muito bem casada, amava meu marido, mas como ele não sabia dançar, eu parei. Fiquei viúva 14 anos depois e também não tive mais vontade”. Quase 50 anos depois, ela encontrou na dança uma forma de se redescobrir e expressar a alegria que sente de viver.

Duas vezes por semana, Maria vai à Universidade Sem Fronteiras para as aulas de dança de salão. “Antes eu fazia ginástica, mas ficava tonta, ai vim dançar aqui porque como eu tenho labirintite, um médico disse que a dança serve para a cabeça e para o corpo todo”.

Aos 85 anos, ela conta que se sente mais disposta. Na sala de dança, ao começar a tocar um forró pé de serra, Maria, que é tão pequenina, se faz grande nos passos, risos e até alguns rodopios. “Forró é o que mais gosto porque mexe com a gente todinha, dá uma vontade de dançar, quando começa a tocar as pernas já começam a se mexer”, revela.


Fonte O Povo