sábado, 21 de janeiro de 2017

Walkyria Santos revela detalhes da saída do Solteirões

Última apresentação de Walkyria foi no Réveillon de Fortaleza


Em entrevista à Coluna, Walkyria Santos revela detalhes da saída do Solteirões, comenta relação com Zé Cantor e fala empolgada sobre os planos da fase solo


Convidamos a cantora Walkyria Santos para uma volta no Passeio Público, ícone histórico de Fortaleza. Apesar de manter residência em Natal, no vizinho Rio Grande do Norte, a vocalista se sentiu a vontade e fez revelações sobre sua carreira, afinal, a Capital é o berço dos novos passos da 'Lôra'.

Há dois anos e dois meses, a ex-Magníficos assumia o comando da banda Solteirões do Forró, ao lado de Zé Cantor, e fincava projetos na Capital cearense. O desejo por seguir em carreira solo culminou na derradeira apresentação com a banda, no último Réveillon. E mesmo tendo o nome construído na Magníficos, a vocalista confessa ter mais apreço pela passagem no Solteirões.

"Foram dois anos de alegria. Sinto saudade dos meus companheiros. Senti muito mais com a saída do Solteirões do que a da Magníficos. O carinho e o trabalho em conjunto que eu contava aqui eu não tinha lá", revela. "Solteirões é uma banda que vai ficar no meu coração igual a Magníficos, mas com uma saudade que dói muito mais".


Wal revela ainda que conversou com seus empresários da A3 antes mesmo que Solange Almeida, que também decidiu seguir sozinha nos vocais.

"Falei bem antes da Sol. Pedi para sair em março, mas o Aristides e o Evertinho (empresários) pediram que eu ficasse até dezembro para pensar melhor", conta.

"Continuei com o mesmo pensamento em seguir solo, e me disponibilizei para ficar até o Carnaval, mas eles preferiram finalizar o trabalho no Réveillon. Disseram que iam trabalhar o produto deles nesse período. Eu entendi. Não seria legal para mim, nem para os fãs e para a banda. Saí na paz total", explica.

A cantora descarta a possibilidade do desligamento em decorrência do escândalo da sonegação de impostos de bandas, incluindo o Solteirões, desvendado pela Polícia Federal através da Operação For All em outubro de 2016.

"Eu nem me envolvi nisso. Como eu era nova na casa, eu não assinava papel nenhum, não tinha conhecimento de nada que acontecia lá", garante.

"Não tive nenhum problema com patrão ou com parceiros. Já estou com quase 40 (atualmente com 38), não posso ficar com medinho de descobrir as coisas. Então eu me joguei e ainda dou para o caldo, viu?", brinca Walkyria.

"Todo cantor de banda, quando ele não é dono do projeto, ele quer sim fazer uma carreira. Solo você pode colocar suas ideias, suas verdades, que quando estamos como empregados não podemos colocar tudo o que queremos", diz.

Zé Cantor

A forrozeira define o antigo companheiro de palco como fofo e bacaninha. "Meu parceirinho para sempre", diz, apesar dos contratempos.

"O Zé é maravilhoso, muito tranquilo, cara do bem. Nós tínhamos nossas diferenças no repertório, não vou dizer que era mil maravilhas porque não era. Tinha hora que eu dizia, 'ei meu filho, venha cá, que eu tô cantando só isso aqui, bote um pouquinho pra cá, você tá cantando demais, tire um pouquinho'. Acontecia isso e vai acontecer em todo lugar que se divide repertório", revela.

 



Fonte Diário do Nordeste