A
maior tragédia do esporte brasileiro põe fim não só ao sonho da
Chapecoense na melhor temporada de seus 43 anos de história. A dor
transcende o futebol em histórias de torcedores, familiares de
jogadores, dirigentes e de uma cidade inteira. Em 2016, Chapecó-SC, de
pouco mais de 200 mil habitantes — que se destaca pela produção
agropecuária e pelo potencial econômico —, abraçou o clube como filho
prodígio que, a cada ano, alçava feitos mais importantes.
O século XXI marcou o crescimento do clube. Fundado em 1973, o Verdão do Oeste quase foi à falência em 2003, mas investimentos de empresários locais resgataram o clube, que em 2009 iniciou impressionante ascensão.
Em cinco anos, saiu da Série D para a elite do Campeonato Brasileiro. A Chape conquistou o acesso à Série A em 2013, quando foi vice-campeã da Série B. Manteve-se firme na Série A desde a estreia, em 2014, e em 2016, vivia o auge.
Campeão do Catarinense pela 5ª vez, o clube conquistava inédito 9º lugar no Brasileiro a uma rodada do fim e derrotou os gigantes argentinos Independiente e San Lorenzo na caminhada para chegar à final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, da Colômbia, na primeira final internacional de um clube catarinense. A tragédia chegou a caminho do jogo, que seria disputado hoje, em Medellín-COL.
Com uma gestão eficiente, a Chape se tornou símbolo de como fazer futebol com menos recursos, mas organização administrativa.
O elenco não contava com grandes estrelas, mas a força coletiva e a união sempre foram características presentes no aguerrido grupo alviverde. Fim do sonho da Chape, a tragédia também interrompeu a trajetória de 19 jogadores.
Fonte O Povo