O carro foi apreendido no último domingo (FOTO: Reprodução/Whatsapp) |
Quando você recebe uma multa em sua casa, tem a opção de recorrer, caso discorde. Agora, imagina recorrer a mais de 300 multas?
É isso que irá acontecer com a gerente comercial Adriana Holanda. Ela teve o veículo clonado em São Paulo e, desde de dezembro de 2015, vem recebendo seguidas multas do Detran-SP. Até o momento, já são 376, num valor total de R$ 35 mil.
“Primeiro chegaram três, então tomamos um susto. Como assim uma multa de São Paulo? Questionei, mas no próprio papel da multa a gente pode recorrer, então fomos no Detran aqui de Fortaleza com toda a documentação e inclusive levei meu rastreador, porque meu carro é rastreado e mandei todos os comprovantes para São Paulo, pensando que seriam só essas três. Isso no final de 2015”, relatou a vítima.
As multas ganham cada vez mais espaço na casa de Adriana (FOTO: Reprodução/TV Jangadeiro) |
Os tipos de multa são as mais variáveis: rodízio, excesso de velocidade, entre outras. “O que fiquei mais preocupada foi que não obtive resposta de São Paulo, pois tive também uma multa de Osasco, e tive uma resposta deferida, dentro de 30 dias, mas de São Paulo mesmo não”, explica.
Contudo, mesmo com a comprovação que o carro era clonado, Adriana terá que recorrer a mais de 300 multas. “São pelo menos 376 multas, fora as que ainda podem chegar. Acho isso injusto, recorrer multa por multa, porque já foi comprovado que o carro foi clonado”, desabafa.
De acordo com a presidente da junta administrativa de recursos e de infrações do Departamento de Trânsito do Ceará (Detran-CE), Ana Inês, cabe ao órgão de São Paulo realizar o cancelamento das infrações.
“A responsabilidade pelo cadastramento e pelo cancelamento é sempre do órgão autuador. No caso dela, as multas foram realizadas no município de São Paulo. Cabe àquele órgão fazer tanto o lançamento quanto o cancelamento das infrações”, destacou.
Fonte Tribuna do Ceará