O homem acusado de integrar uma quadrilha que praticava assaltos e bancos no Interior do Ceará teve o pedido de liberdade negado pela Justiça Estadual. Francisco Jonathan Vasconcelos de Lima, o 'Palhaço', havia sido preso em flagrante no último dia 21 de junho, com mais três comparsas portando vários explosivos e armamentos, entre eles, um fuzil AK-47.
A quadrilha foi desarticulada em uma operação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) quando se preparava para atacar a agência do Banco do Brasil do município de Mulungu, distante 104Km de Fortaleza. Em depoimento, Francisco Jonathan confessou ter adquirido o fuzil calibre 7.62, modelo AK-47, fabricada na Geórgia, e uma pistola calibre 9mm, de origem argentina, pela quantia de R$ 25 mil.
A defesa do réu ingressou com pedido de liberdade, que foi negada pelo juiz Ernani Pires Paula Pessoa Junior, que responde pela 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza. O magistrado afirmou em sua decisão, publicada no Diário da Justiça do último dia 13, que "a prisão do réu foi fundamentada em razão dos autos demonstrarem que ele faz parte de organização criminosa, coordenada para praticar ações delituosas, utilizando-se, inclusive, de explosivos com efeitos altamente devastadores".
Conforme ainda o juiz, Francisco Jonathan seria integrante de uma quadrilha especializada em assaltos do tipo 'novo cangaço', que utilizam armamentos de alto poder bélico e material explosivos em ações que sitiam cidades do interior do Estado. Em depoimento no dia 21 de junho, 'Palhaço' confessou que o grupo do qual ele fazia parte estava realizando "os últimos preparativos" para o assalto ao BB de Mulungu quando ele os comparsas foram flagrados pela Polícia, em um carro roubado.
Após a decisão do juiz Ernani Pires Paula Pessoa Junior, o réu Francisco Jonathan permanecerá preso aguardando julgamento. Ele e mais três pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), em agosto deste ano, por associação criminosa, receptação, porte ilegal de arma de uso restrito e tráfico de drogas.
Fonte Diário do Nordeste