terça-feira, 27 de setembro de 2016

Vaqueiro é agredido por lutador e se recupera no Hospital Regional de Iguatu

José Alves, vaqueiro, em recuperação no Hospital Regional de Iguatu. Foto de Honório Barbosa
José Alves, vaqueiro, em recuperação no Hospital Regional de Iguatu. Foto de Honório Barbosa

O vaqueiro, José Alves da Silva, 39 anos, recupera-se em um dos leitos de enfermaria masculina no quarto andar do Hospital Regional de Iguatu de agressões sofridas no sábado, dia 17, no sítio Penha, neta cidade, na região Centro-Sul do Ceará.

Ele sofreu socos no rosto e chutes que deixaram três costelas quebradas e o pulmão perfurado. Está se recuperando com drenagem torácica e uso de medicamentos, mas não há previsão de alta médica hospitalar.

José Alves é vaqueiro, tem apenas 1,40m de altura e no sábado, 17, à noite, foi agredido de forma brutal e covarde, quando parou para conversar com um amigo em frente a uma casa. O acusado da agressão é um vigilante da Caixa Econômica, lutador, e de 1,80m de altura.

José Alves conduzia um carneiro e no interior da casa havia um cachorro que se aproximou do ovino. José Alves conta que puxou o carneiro e jogou a ponta da corda no chão. “Não atingiu o cachorro”, reafirmou no leito do Hospital.

Em seguida, o acusado identificado por Gerailton e ‘Gera Gladiador’ aproximou-se da vítima e reclamou que o cachorro teria sido atingido pela corda. “Eu disse que não bati no cachorro, mas ele me deu dois socos no rosto, e eu caí longe. No chão, ele me deu um chute”, contou.

O vaqueiro com quem a vítima conversava interveio. Socorrido para o Hospital, José Alves foi medicado na emergência e liberado. Ainda trabalhou no domingo e na segunda-feira, mas na terça-feira, 20, piorou e voltou ao Hospital, onde foi constada gravidade das lesões: fraturas de três costelas e perfuração do pulmão.

“Estou vencendo e com fé em Deus vou sair dessa e voltar a trabalhar”, disse José Alves. Ele contou que registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia Regional de Polícia Civil, mas o delegado regional, Wesley Alves, mediante a grave dos policiais civis não informou se o acusado já foi ouvido e se o inquérito foi aberto. “Quando ele sair do hospital deve passar aqui para dar prosseguimento à queixa”, frisou o delegado.

No sítio Penha e no Hospital o clima é de revolta contra o acusado, que seria lutador de boxe e de artes marciais e teria 1,80m. As pessoas prestam solidariedade a favor da vítima. Quem toma conhecimento do fato lamenta e diz que houve uma desproporção, um exagero e um ato covarde. O acusado é vigilante na agência da Caixa Econômica Federal de Iguatu. Um parente dele disse que ele está muito arrependido, já chorou e que tudo ocorreu por causa de uso de bebida alcoólica.

Ainda na segunda-feira, 19, acusado e vítima conversaram. “Ele me procurou e pediu para eu tirar o B.O., mas eu disse que não faria isso”, contou José Alves.



Fonte Diário do Nordeste