José Alves, vaqueiro, em recuperação no Hospital Regional de Iguatu. Foto de Honório Barbosa |
O vaqueiro, José Alves da Silva, 39 anos, recupera-se em um dos leitos de enfermaria masculina no quarto andar do Hospital Regional de Iguatu de agressões sofridas no sábado, dia 17, no sítio Penha, neta cidade, na região Centro-Sul do Ceará.
Ele sofreu socos no rosto e chutes que deixaram três costelas quebradas e o pulmão perfurado. Está se recuperando com drenagem torácica e uso de medicamentos, mas não há previsão de alta médica hospitalar.
José Alves é vaqueiro, tem apenas 1,40m de altura e no sábado, 17, à noite, foi agredido de forma brutal e covarde, quando parou para conversar com um amigo em frente a uma casa. O acusado da agressão é um vigilante da Caixa Econômica, lutador, e de 1,80m de altura.
José Alves conduzia um carneiro e no interior da casa havia um cachorro que se aproximou do ovino. José Alves conta que puxou o carneiro e jogou a ponta da corda no chão. “Não atingiu o cachorro”, reafirmou no leito do Hospital.
Em seguida, o acusado identificado por Gerailton e ‘Gera Gladiador’ aproximou-se da vítima e reclamou que o cachorro teria sido atingido pela corda. “Eu disse que não bati no cachorro, mas ele me deu dois socos no rosto, e eu caí longe. No chão, ele me deu um chute”, contou.
O vaqueiro com quem a vítima conversava interveio. Socorrido para o Hospital, José Alves foi medicado na emergência e liberado. Ainda trabalhou no domingo e na segunda-feira, mas na terça-feira, 20, piorou e voltou ao Hospital, onde foi constada gravidade das lesões: fraturas de três costelas e perfuração do pulmão.
“Estou vencendo e com fé em Deus vou sair dessa e voltar a trabalhar”, disse José Alves. Ele contou que registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia Regional de Polícia Civil, mas o delegado regional, Wesley Alves, mediante a grave dos policiais civis não informou se o acusado já foi ouvido e se o inquérito foi aberto. “Quando ele sair do hospital deve passar aqui para dar prosseguimento à queixa”, frisou o delegado.
No sítio Penha e no Hospital o clima é de revolta contra o acusado, que seria lutador de boxe e de artes marciais e teria 1,80m. As pessoas prestam solidariedade a favor da vítima. Quem toma conhecimento do fato lamenta e diz que houve uma desproporção, um exagero e um ato covarde. O acusado é vigilante na agência da Caixa Econômica Federal de Iguatu. Um parente dele disse que ele está muito arrependido, já chorou e que tudo ocorreu por causa de uso de bebida alcoólica.
Ainda na segunda-feira, 19, acusado e vítima conversaram. “Ele me procurou e pediu para eu tirar o B.O., mas eu disse que não faria isso”, contou José Alves.
Fonte Diário do Nordeste