domingo, 25 de setembro de 2016

Acusado da morte da menina Rakelly disse à Polícia ter tido “sonho revelador”

rakelly-criança-desaparecida
Menina de oito anos foi encontrada morta em sítio ao lado de sua casa. (Foto: Arquivo pessoal)

O caseiro do sítio vizinho à casa da menina Rakelly Matias Alves, de 8 anos, encontrada morta no sábado (24), disse à Polícia, durante as buscas, que teve um sonho que revelava o local onde o cadáver da criança foi ocultado. O homem, conhecido como “Zé”, acompanhava a investigação desde o início e tentou cometer suicídio ao perceber que o crime seria descoberto. A população da localidade de Jabuti, em Itaitinga (Região Metropolitana de Fortaleza), tentou linchar o acusado e ateou fogo ao sítio.

A criança havia sido vista pela última vez ao meio dia da quarta-feira (21) em frente a um sítio vizinho a sua residência, onde foi encontrada morta três dias depois pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O caso foi comunicado à Polícia na quinta-feira (22). Ontem, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) divulgou nota confirmando o crime e a prisão do acusado no local.

O corpo da criança foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) na manhã deste domingo e é velado na capela da localidade de Gererau, em Itaitinga.

A reportagem do programa Barra Pesada acompanhou o caso no começo da noite do sábado, quando o corpo foi localizado. A criança foi encontrada com a boca e as mãos amarradas em uma cacimba no sítio ao lado de sua residência. O principal suspeito do crime é o caseiro identificado como “Zé”. Ele teria dito à Polícia que a menina havia caído e machucado muito o rosto. Por achar que a criança não resistiria à queda e morreria, e com receio de ser culpado pela morte, o caseiro disse que jogou a menina na cacimba, que tem 20 anéis.

O vizinho acusado do crime participou das buscas desde o início e indicou o local à Polícia, afirmando que teve um sonho que revelava que o cadáver estava ocultado na cacimba. A família está em estado de choque.

Ao perceber que seria descoberto, o acusado foi ao banheiro da casa e tentou provocar suicídio, ingerindo veneno de rato, conhecido como “chumbinho”. Policiais que já desconfiavam que ele era o autor o seguiram e socorreram ao hospital ao perceber a tentativa.

A população tentou invadir o sítio para linchar o caseiro. Diante da correria e bate-boca no local, a Polícia usou gás de pimenta contra a a multidão revoltada com o crime. Os moradores jogaram pedras e atearam fogo ao sítio.




Fonte Tribuna do Ceará