O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), deverá apresentar um pedido ao Governo do Ceará para a construção de uma nova unidade prisional em Iguatu. É o que a reportagem do programa A Voz do Centro Sul da Rádio Liberdade 870AM ouviu de um representante da entidade.
Em entrevista, o promotor da vara de execução, Hebert Gonçalves, declarou que a situação do sistema prisional em Iguatu é insuportável para a sua realidade e algo precisa ser feito, para o promotor a única saída seria a construção de uma nova unidade prisional, “ vim conhecer a situação que se encontra a Delegacia Regional de Iguatu e pude observar que é preocupante, neste momento 20 homens ocupam um espaço que seria para oito, os nossos policiais civis não podem executar seus trabalhos corretamente devido a esta superlotação nas celas, isto precisa acabar e só através da construção de uma nova cadeia, que seja até regional, teremos novamente a tranquilidade na cidade”, prevê o promotor.
Segundo o mesmo, para alcançar esta conquista, uma união deve acontecer, entre todos, principalmente entre os políticos da cidade e região, “ a cidade é maravilhosa, tem um povo incrível, mas precisa agora de uma união, empresários, imprensa, amigos das polícias civil e militar, mas principalmente dos políticos, um conjunto de ações devem acontecer e neste momento sem bandeira partidária, para que assim, possamos pressionar o Governo do Ceará a observar este problema que existe em Iguatu”, destacou Hebert Gonçalves.
Ações do Ministério Público já realizadas
No início do ano, por intermédio dos promotores de Justiça da Comarca de Iguatu, Leydomar Nunes Pereira, Helga Barreto Tavares, Fernando Antônio Martins de Miranda e Fábio Vinícius Ottoni Ferreira, ajuizaram ação civil pública (ACP) contra o Estado do Ceará. O documento, assinado, requer, dentre outras coisas, que seja realizado, no prazo de 180 dias, uma ampla reforma hidro-sanitária, elétrica e estrutural na cadeia pública da cidade, que está interditada por decisão do juiz da 1º Vara de Iguatu.
O MPCE constatou que, com a interdição da cadeia, os presos estão sendo transferidos para outras cidades, o que está acarretando em adiamento de audiências designadas pela dificuldade da escolta dos acusados para o município de Iguatu. Além disso, alguns presos detidos em flagrante estão recolhidos nos xadrezes da Delegacia Regional e da Delegacia da Mulher, o que tem gerado uma superlotação nos referidos estabelecimentos, com ocorrência de motins e até greve de fome por parte dos detentos que exigem suas transferências para a cadeia pública.
Na ação, além da reforma da cadeia pública, os promotores pedem a desinterdição parcial do estabelecimento prisional para que ele receba imediatamente os presos recolhidos nas delegacias, os que forem detidos em flagrante ou mediante mandado de prisão. “Apesar de a cadeia pública precisar urgentemente de reforma, manter os presos nas delegacias é um risco”, acrescentou o promotor de Justiça Leydomar Nunes Pereira.
Fonte Iguatu.Net