sábado, 6 de fevereiro de 2016

Casos de dengue confirmados passam de 51 para 216 no Ceará

O Ceará registrou só este ano, 216 casos confirmados de dengue, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde (Sesa), publicado ontem. Desse total seis ocorrências de forma grave foram notificadas e três óbitos estão sendo investigados Crato, Fortim e Maracanaú.

Durante as três primeiras semanas de 2016, o Estado confirmou 51 casos. De acordo com os novos dados, é possível identificar um aumento três vezes maior que o anterior. Também foram identificados pela Sesa, 713 casos prováveis de dengue, no período entre os dias 4 e 23 de janeiro.

As ocorrências confirmadas da doença foram registrados em 30 dos 184 municípios do Ceará. Fortaleza concentra o maior número de casos: 138. De acordo com o boletim, a distribuição dos casos mostra maior concentração em municípios, comparado a 2015. Confirmaram-se casos em 17 das 22 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES) e em 16,3% (30/184) dos municípios.

Em relação a faixa etária, 22,7% dos casos confirmados eram em pessoas de 20 a 29 anos. No ano passado, o Estado registrou 63 mil casos prováveis de dengue em 174 dos 184 municípios do Estado, segundo o Ministério da Saúde, sendo considerado o maior já registrado no Ceará desde que a Secretaria de Saúde do Ceará começou a monitorar a doença, em 1986.

Levantamento

No Estado, 20,1% (37/184) dos municípios realizaram o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) em março de 2015, sendo que 43,2% (16/37) apresentaram Índice de infestação predial (IIP) menor que 1% (satisfatório), 21,6% (08/37) tiveram IIP entre 1 e 3,9% (alerta para transmissão da dengue) e 35,2% (13/37) municípios apresentaram IIP acima de 3,9% (risco para a transmissão da dengue). Desde o inicio do ano, o órgão segue realizando o Plano Nacional de Enfrentamento a Microcefalia, tendo o primeiro ciclo de visitas ainda em andamento.

Casos suspeitos

A Secretaria da Saúde do Estado considera como caso suspeito de dengue aquela pessoa que vive ou que tenha viajado nos últimos 14 dias antes do aparecimento dos sintomas para locais onde esteja ocorrendo transmissão de dengue e haja a presença do transmissor, o mosquito Aedes aegypti.

Os sintomas considerados são febre entre dois e sete dias, além de apresentar, pelo menos, duas das seguintes manifestações: náuseas, vômitos, exantema (erupções avermelhadas na pele), mialgias (dor muscular), artralgia (dor nas articulações), cefaleia, dor retroorbital (dor no globo ocular) e petéquias (pontos vermelhos na pele causados por hemorragias nos vasos sanguíneos). Casos mais graves podem apresentar ainda dores abdominais intensas e presença de sangramentos.




Fonte Diário do Nordeste