sábado, 30 de janeiro de 2016

Pesquisa: Estudo mostra que amamentar é bom para bebês, mães e economia

Paris. A amamentação prolongada pode salvar a vida de mais de 800 mil bebês anualmente e representa uma economia de bilhões de dólares para os sistemas de saúde de todo o mundo graças ao papel de proteção contra algumas doenças infantis - é o que diz uma série de estudos publicados ontem.

"Apenas uma criança de cada cinco é amamentada até os 12 meses nos países ricos, enquanto apenas uma de cada três é exclusivamente amamentada nos seis primeiros meses de vida nos países de baixa renda e média", informa a revista médica britânica "The Lancet".

Assim, são milhões de crianças que não usufruem plenamente dos benefícios do leite materno, observam os pesquisadores.

O leite materno cobre todas as necessidades nutricionais do bebê durante os primeiros seis meses de vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva até os seis meses e a amamentação parcial até os dois anos. De acordo com a entidade, atualmente menos de 40% das crianças em todo o mundo se beneficiam do aleitamento.

Além da função puramente alimentar, o aleitamento materno é conhecido há muito tempo por ter efeitos benéficos tanto para a saúde da criança e quanto da mãe.

A amamentação a longo prazo "poderia salvar mais de 800.000 vidas de crianças a cada ano em todo o mundo, o equivalente a 13% de todas as mortes em crianças menores de dois anos", explicam os autores, tomando como base uma série de estudos.

Além disso, a amamentação poderia prevenir a cada ano a morte de 20.000 mães em decorrência de câncer de mama, afirmam os pesquisadores.

Contrariando uma "ideia falsamente e amplamente difundida", os benefícios do aleitamento não dizem respeito apenas aos países mais pobres.

"Nossos trabalhos demonstram claramente que o aleitamento salva vidas e permite economizar em todos os países, ricos e pobres", escreveram.

A longo prazo a amamentação também ajuda a reduzir o risco de obesidade e diabetes em crianças. Para as mães, reduziria o risco de câncer de mama e câncer de ovário.




Fonte Diário do Nordeste