quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Garota de programa anã: "Os homens me procuram por fetiche e curiosidade"

Dafne Anãzinha (Foto: Arquivo pessoal)

Ela tem 25 anos de idade, é paranaense de Curitiba, quase uma advogada formada e com 1,30m de altura. Essas são as características de Dafne Anãzinha, uma anã (claro) que ganha a vida como garota de programa na sua cidade natal e que, aos poucos, vem se tornando uma webcelebridade - ela tem um blog e um canal no Youtube onde relata o dia a dia com os seus clientes.

Isso lembra uma outra história famosa, não é? "Eu uma nova Bruna Surfistinha? Cada pessoa é única, ela é única, não penso nisso. Minha história é diferente, sou diferente. Sou uma anã, tenho esse diferencial. Mas a admiro demais", diz Dafne.

Dafne começou a fazer programas, basicamente, por falta de dinheiro. Ela cursa o último ano da faculdade de Direito e encontrou na prostituição uma saída para continuar pagando suas contas. E, ao contrário de Bruna Surfistinha, ela tem uma boa convivência com a família.

"Antes de tudo, contei para minha mãe que iria começar a fazer programa. Minha família aceita numa boa. E minha mãe até me disse: ´Se você já está transando de graça com todo mundo agora, é melhor ganhar dinheiro com isso´. A minha família é bem tranquila. Meus pais ficam preocupados, mas não me julgam", conta.

A pequena Dafne é a única anã da família - ela tem mais duas irmãs e um irmão - e pretende continuar fazendo programas mesmo depois de formada. "Preciso de dinheiro para montar escritório, essas coisas, e também porque peguei gosto por isso, né?", fala, sorrindo. "Na verdade, estou bem perdida. Não sei se vou advogar ou continuar fazendo programas. Quero levar as duas coisas paralelamente, mas uma hora vou ter que decidir por uma", completa.

PRECONCEITO

Se a família de Dafne aceita sua condição numa boa, o mesmo não se pode dizer dos colegas de faculdade. "Na minha classe já sabem que eu faço, mas ninguém fala nada. Mas já roubaram gasolina do meu carro, riscaram a lataria", lamenta.

E até com cliente. "Sempre tem uns comentários maldosos. Uma vez peguei um cara que começou a me chamar de mini puta, mas eu fico bem tranquila. Às vezes a pessoa está com problema em casa, está com o psicológico abalado; 99% dos clientes são casados, aí, podem usar esse artifício de me humilhar para se sentir bem", analisa.



Fonte iG