terça-feira, 2 de junho de 2015

Estado do Ceará: Chuvas ficaram 27% abaixo da média

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Iguatu. O agricultor Antônio Clóvis da Silva, 74, amargou pelo quarto ano seguido perda total da lavoura de milho e feijão. O plantio dos grãos de sequeiro (que depende exclusivamente da chuva), na região de Alencar, zona rural deste município, no Centro-Sul, não se desenvolveu. A situação do produtor rural não é um caso isolado. Verifica-se em todas as regiões produtivas do Estado. Neste ano, as chuvas permaneceram 26,9% abaixo da média histórica na quadra chuvosa (fevereiro a maio), segundo dados parciais da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Terminada a quadra chuvosa no Ceará, confirmou-se a triste estatística: as chuvas ficaram menores do que a média para o período, que é de 607.4 mm. Foram registrados apenas 444.3 mm. Esse índice é um pouco inferior ao verificado em 2014, quando choveu 460.2 mm entre fevereiro e maio. Outro índice preocupante é o acumulo de água nos 151 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), que vem caindo mês após mês. Atualmente, está em 19,66%. O Ceará está atravessando o quarto ano seguido de chuvas abaixo da média histórica. Não há também nos quatro últimos anos recarga dos açudes. "O cenário atual é preocupante e crítico", disse o governador, Camilo Santana, em recente visita ao município de Iguatu. A situação torna-se ainda mais grave, porquanto a Funceme prevê possibilidade em torno de 80% de ocorrência de uma nova estiagem em 2016, em decorrência do sistema El Niño. O governo do Estado decretou, no último dia 21 de maio, situação de emergência em 95 municípios do Interior. No decreto anterior, de 29 de abril passado, havia 67 municípios incluídos no quadro emergencial. Houve um aumento de 28 cidades. Essa relação deve ser acrescida de novas cidades em decorrência da gravidade do quadro de estiagem no decorrer dos próximos meses.


Fonte Diário do Nordeste