Uma equipe multidisciplinar do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), em Fortaleza, desenvolveu uma “tenda” capaz de conter gotículas e gases contaminados durante a realização de cirurgias respiratórias. A ideia é proteger pacientes e profissionais de saúde da proliferação do novo coronavírus.
A barreira é usada em cirurgias de vias aéreas desde março, inicialmente de forma experimental. O dispositivo é inserido em procedimentos com pacientes positivos para a Covid-19 e também com alguns sem a doença.
Intitulado COVID-Box, o equipamento de proteção coletiva é composto por uma armação de aço inox esterilizável, que é colocada sobre o paciente, posteriormente recoberto com um campo plástico. O equipamento está sendo usado no HUWC em cirurgias consideradas essenciais. O dispositivo foi desenvolvido por cirurgiões gerais, torácicos e de cabeça e pescoço, otorrinolaringologistas e pelas equipes de enfermagem do Centro Cirúrgico e de engenharia clínica do HUWC.
Em um dos procedimentos, um paciente com infecção bacteriana necessitou de uma traqueotomia após várias semanas entubado. O médico otorrinolaringologista André Alencar Araripe Nunes, Chefe da Unidade de Cabeça e Pescoço do HUWC, explica que o COVID-Box oferta a mesma mobilidade dos profissionais durante as cirurgias.
“Esse tipo de dispositivo pode ser usado em alas específicas para pacientes com Covid-19, como determina as mais diversas recomendações médicas e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Não temos como dizer que isola 100%, mas protege pacientes que estejam ou não, dentro e fora dessas áreas de possíveis infecções”, explica André Alencar.
O cirurgião Wellington Alves conta que a equipe, além de traqueostomias em pacientes infectados, vem também testando o dispositivo para outros procedimentos cirúrgicos geradores de aerossóis, ou seja, que geram partículas finíssimas sólidas ou líquidas que ficam em suspensão no ar e sobre superfícies.
“Mais recentemente, realizamos uma glossectomia parcial (remoção cirúrgica de parte da língua em função de câncer agressivo) e uma ressecção de osso temporal (tipo de cirurgia de base de crânio) utilizando o protótipo, não havendo prejuízo técnico em virtude da sua utilização”, avalia o especialista.
Protocolos
A enfermeira Eliane de Paula revela que, no HUWC, foi criada uma divisão nomeada “Time de Vias Aéreas Cirúrgicas – COVID-19”, com o objetivo de oferecer protocolos para realização de traqueostomias em pacientes suspeitos ou confirmados com o novo coronavírus, como também para dar suporte às intubações difíceis que vêm sendo realizadas com frequência.
Com informações do G1 Ceará.
A barreira é usada em cirurgias de vias aéreas desde março, inicialmente de forma experimental. O dispositivo é inserido em procedimentos com pacientes positivos para a Covid-19 e também com alguns sem a doença.
Intitulado COVID-Box, o equipamento de proteção coletiva é composto por uma armação de aço inox esterilizável, que é colocada sobre o paciente, posteriormente recoberto com um campo plástico. O equipamento está sendo usado no HUWC em cirurgias consideradas essenciais. O dispositivo foi desenvolvido por cirurgiões gerais, torácicos e de cabeça e pescoço, otorrinolaringologistas e pelas equipes de enfermagem do Centro Cirúrgico e de engenharia clínica do HUWC.
Em um dos procedimentos, um paciente com infecção bacteriana necessitou de uma traqueotomia após várias semanas entubado. O médico otorrinolaringologista André Alencar Araripe Nunes, Chefe da Unidade de Cabeça e Pescoço do HUWC, explica que o COVID-Box oferta a mesma mobilidade dos profissionais durante as cirurgias.
“Esse tipo de dispositivo pode ser usado em alas específicas para pacientes com Covid-19, como determina as mais diversas recomendações médicas e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Não temos como dizer que isola 100%, mas protege pacientes que estejam ou não, dentro e fora dessas áreas de possíveis infecções”, explica André Alencar.
O cirurgião Wellington Alves conta que a equipe, além de traqueostomias em pacientes infectados, vem também testando o dispositivo para outros procedimentos cirúrgicos geradores de aerossóis, ou seja, que geram partículas finíssimas sólidas ou líquidas que ficam em suspensão no ar e sobre superfícies.
“Mais recentemente, realizamos uma glossectomia parcial (remoção cirúrgica de parte da língua em função de câncer agressivo) e uma ressecção de osso temporal (tipo de cirurgia de base de crânio) utilizando o protótipo, não havendo prejuízo técnico em virtude da sua utilização”, avalia o especialista.
Protocolos
A enfermeira Eliane de Paula revela que, no HUWC, foi criada uma divisão nomeada “Time de Vias Aéreas Cirúrgicas – COVID-19”, com o objetivo de oferecer protocolos para realização de traqueostomias em pacientes suspeitos ou confirmados com o novo coronavírus, como também para dar suporte às intubações difíceis que vêm sendo realizadas com frequência.
Com informações do G1 Ceará.