terça-feira, 28 de junho de 2016

Laudo cadavérico de estilista confirma morte por overdose de morfina


O laudo cadavérico da estilista e estudante de universitária Yrna Castro de Sousa Lemos, encontrada no dia 1º de maio dentro do porta-malas do carro do namorado, confirma que a causa da morte foi overdose de morfina combinada com uso de álcool. O documento produzido pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce) foi concluído semana passada, mas a informação sobre o resultado foi confirmada ontem pelos advogados que representam as famílias da estilista e do namorado dela.

O jornalista e empresário Gregório Donizeti Freire Neto, o ´Greg´, namorado da vítima, teria fabricado em casa o entorpecente à base de morfina que foi usado por ele e Yrna no dia em que ela morreu. ´Greg´ responde, em liberdade, pelo crime de or ocultação de cadáver, uma vez que admitiu ter escondido o corpo da namorada no porta-malas do carro, um Mercedes-Benz modelo C-180.

O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e é conduzido pela delegada Socorro Portela, diretora da DHPP. A delegada foi procurada e informou que não podia dar detalhes sobre a investigação, que tramita sob segredo de Justiça.

O inquérito já foi enviado à Justiça com pedido de prorrogação de mais 45 dias para conclusão das investigações. Uma reconstituição também foi solicitada pela Polícia Civil.

Uso

Conforme os relatos de testemunhas, tanto o namorado quanto a estilista mantinham uma rotina de uso de drogas envolvendo substâncias à base de morfina e até cocaína. A assistência da acusação, feita pelos advogados Cândido Albuquerque e João Victor Duarte Moreira, protocolou ontem na DHPP um requerimento pedindo que ´Greg´ seja interrogado novamente e indiciado por homicídio. "Ele matou a menina por overdose de morfina. O laudo é conclusivo. Ele comprou, manipulou e aplicou. A tese que estamos defendendo foi confirmada pelo laudo", disse Cândido Albuquerque.

Para os advogados Leandro Vasques e Holanda Segundo, que representam a família de Gregório Neto, Yrna não utilizou os entorpecentes sob qualquer coação, mas sim "por livre e espontânea vontade".

Vasques destacou também ser absurdo afirmar que ´Greg´ agiu com dolo (intenção), mesmo que eventual, de causar qualquer mal à namorada. Segundo o advogado, ´Greg´ jamais assumiu o risco de que tal resultado ocorresse. "Yrna era plenamente capaz de discernir sobre o possível resultado de sua conduta".




Fonte Diario do Nordeste