sábado, 24 de março de 2018

Criminosos tentam incendiar Correios e ameaçam Governo

Um grupo tentou invadir uma agência dos Correios, no Antônio Bezerra em Fortaleza, durante a noite de quinta-feira (22). Durante o ataque, eles tentaram provocar um incêndio, colocando gasolina no entorno do prédio. Entretanto, não tiveram êxito e antes da fuga, deixaram cópias de uma carta ameaçando autoridades e prédios públicos.

Na carta, os criminosos afirmam ser contrários à proibição do sinal de celulares em unidades prisionais. “O estado vai mergulhar no caos e na recessão profunda”, ameaçaram. Outras mensagens são direcionadas ao governador Camilo Santana (PT): “Se o senhor colocar bloqueador nos presídios, simplesmente iremos fazer o caos completo aqui no Estado. Você não conseguirá se reeleger, não terá mais credibilidade do povo”, diz o texto.

A determinação se estende ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB): “Vamos bloquear sua campanha e de outros aqui no Estado, caso venha nos atingir. Isso não é um aviso qualquer, se desacreditar, só fazer”. No começo do mês, o político recebeu uma ameaça na porta de sua casa em Fortaleza: “Presídio mudo, Eunício morto”, dizia uma pichação.

Os criminosos disseram que caso as ordens não sejam cumpridas, haverão ataques em postos de combustíveis, prédios do Estado, aeroportos, antenas de telefonia e televisão e a Assembleia Legislativa, atacada em 2016.

A assessoria da Polícia Federal informou que ainda não foi comunicada pelos Correios sobre a ocorrência. “Não consta nenhum registro de acionamento no plantão da Polícia Federal”, informou em nota.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), os suspeitos estavam em um carro e receberam apoio de um comparsa em uma motocicleta. Após o crime, fugiram.

Urgência 

Esta semana, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o projeto de lei que prevê a instalação de bloqueadores de sinal de celular nos presídios brasileiros. Com isso, o projeto, já aprovado pelo Senado, pode ir diretamente ao plenário sem votação nas comissões. Se passar pela Câmara sem alterações, segue para a sanção de Michel Temer.