sexta-feira, 31 de março de 2017

Iguatu: Pescadores encontram larvas em pescado no Rio Jaguaribe; Vigilância Sanitária aguarda resultado de exame laboratório

Os peixes foram encontrados com larvas (FOTO: Alex Santana/Iguatu.net)


A Vigilância Sanitária de Iguatu aguarda resultado de análise de amostras de peixe e de água do Rio Jaguaribe, no município de Iguatu, que foram encaminhadas para exame no Laboratório Central (Lacen), unidade regional de Icó.

O coordenador da Vigilância Sanitária de Iguatu, Samuel Bezerra, disse que aguarda o resultado do exame das amostras encaminhadas ao Lacen de Icó.

Pelo menos em dois peixes da espécie curimatã foram encontradas larvas, mas segundo pescadores da ribeira do Jaguaribe nas localidades de Quixoá e Barro Alto, zona rural de Iguatu, desde a chegada da água nova vinda de Assaré por meio do Rio Bastiões, em 19 deste março, após arrombamento de um açude, e de água da chuva em Nova Olinda por meio do Rio Cariús, em vários pescados foram encontradas as larvas.

O pescador Francisco Ferreira acredita que o problema decorre da poluição do rio, com lama e esgoto ao longo de seu percurso. “Há pelo menos 15 dias a gente vem notando esses vermes, larvas no peixe”, contou. “Muita gente estava pescando, mas depois desse problema quase ninguém pesca mais”.

Repercussão

Em frente ao Mercado Central de Iguatu há vendedores de pescado da água doce que disseram na manhã desta sexta-feira que os consumidores ficaram preocupados com a notícia que repercutiu sobre a existência de larvas no pescado. “Ninguém quer mais comprar peixe do Jaguaribe ou do Orós. Eles perguntam logo”, disse o vendedor, Luís Gomes. “O nosso peixe, curimatã e tucunaré, está vindo da Bahia”.

Defeso

A pesca de espécies de piracema, como curimatã, nessa época do ano, é proibida por meio de portaria do Ibama. O período de defeso para reprodução da espécie ocorre nos meses de fevereiro, março e abril. Portanto, a pesca de curimatã nos últimos dias no Rio Jaguaribe é ilegal. O escritório do Ibama em Iguatu está com número reduzido de fiscais.



Fonte Diário do Nordeste