domingo, 24 de julho de 2016

Senador Pompeu, Caso Geane: delegado acredita que vítima foi morta porque cobrava aluguel dos suspeitos


Senador Pompeu. Após equipes da Polícia Civil e Militar cumprirem, na manhã da última quinta-feira (21), mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva de um empresário da cidade e de um filho dele, que é advogado, apontados pelas investigações como autores do assassinato de Geane Magalhães Pimenta, 40, o delegado titular regional da Polícia Civil, Jéferson Lopes Custódio, que está a frente do inquérito, forneceu novas informações sobre o caso. Para ele, Geane foi morta a facadas no último dia 1º de junho em um escritório de advocacia onde trabalhava como auxiliar, porque realizava cobranças de alugueis atrasados aos suspeitos.

Segundo a Polícia pai e filho montaram uma churrascaria em um prédio que pertencia ao mesmo dono do escritório onde Geane Magalhães trabalhava. As investigações mostraram que era ela quem realizava as cobranças. “Descobrimos que eles acumulavam uma dívida de R$ 13 mil com aluguel em atraso e em depoimento, o empresário confessou ter ficado constrangido ao ter sido cobrado na frente de outra pessoa”, disse Jéferson Lopes.

Conforme Jéferson, no dia do crime, uma testemunha teria visto os dois tomando café na padaria. O delegado reuniu no inquérito imagens do circuito interno do local que fica na esquina do mesmo quarteirão onde os suspeitos mantinham a churrascaria.”Eles saíram do local dizendo que iriam para a churrascaria mas as imagens mostram que eles voltam para a padaria minutos depois, com passos apressados e com o advogado sem camisa”. Outro indício apontado pelo delegado é que o filho do empresário procurou um técnico no dia seguinte para saber como apagar as imagens gravadas pelo circuito interno que também havia na churrascaria. “Ele apagou somente as imagens do dia primeiro, que foi o dia do crime”, revelou.

Com a prisão dos suspeitos, Jéferson Lopes Custódio espera ouvir duas testemunhas e prometeu pedir celeridade no resultado da perícia. “Estão restaurando e recuperando as imagens que eles apagaram da churrascaria e vamos ouvir duas pessoas, que afirmar ter visto eles saindo e entrando do escritório. Então, concluiremos as investigações”.

Segundo o promotor de justiça da comarca única de Senador Pompeu, André Barroso, a prisão deve durar o tempo necessário para a conclusão do trabalho das investigações. “Demos parecer favorável para a prisão, haja vista os motivos que a justificavam, que deve persistir enquanto houver motivos para isso”.

Pai e filho devem ficar presos em outra cidade já que a Polícia teme que a população tente contra a vida dos dois, uma vez que o crime gerou revolta na população. Os dois prestaram depoimento na manhã de quinta e negaram o envolvimento com o crime. O advogado da família não foi localizado pela reportagem.




Fonte Diário do Nordeste