O Ceará registrou uma redução para 7,9% da extrema pobreza em 2024, o menor patamar desde 2012, quando iniciou a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A informação foi divulgada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) nesta sexta-feira (16) e repercutida pela primeira-dama e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do Programa Ceará Sem Fome. Conforme o Ipece, mais de 275 mil cearenses saíram da extrema pobreza nos últimos dois anos. Só em 2024, foram mais de 135 mil pessoas que deixaram para trás essa condição.
“Esses números representam muito mais do que estatísticas. Eles mostram vidas sendo transformadas, famílias tendo a chance de viver com mais dignidade, crianças com mais oportunidades, e o nosso Ceará avançando no caminho certo“, destacou, em publicação nas redes sociais.
“Vamos seguir em frente!! Porque ainda temos muito o que avançar”, disse a primeira-dama.
A extrema pobreza é a condição de pessoas que vivem com uma renda muito baixa, insuficiente para cobrir as necessidades básicas de alimentação, saúde, educação e moradia. A linha da extrema pobreza é estabelecida pelo Banco Mundial em US$ 2,15 por dia, o equivalente à cerca de R$ 209 por mês.
ANOS ANTERIORES
Conforme dados do Ipece, cerca de 600 mil cearenses já haviam deixado a pobreza entre 2021 e 2023 (período pós-pandemia da covid-19), o que representou uma redução de 40,6% do número de extremamente pobres no Estado.
Caso a análise seja realizada na série 2012 a 2023, o resultado também é muito significativo: aproximadamente 388 mil cearenses deixaram a extrema pobreza, significando diminuição de 30,7% no total de extremamente pobres em quase uma década.
Do total de cerenses que saíram da extrema pobreza entre 2021 e 2023 (600 mil), mais de 193 mil estavam na zona urbana e cerca de 407 mil na rural, quedas de 25,4% na zona urbana e de 56,7% na zona rural. Em 2023, 15,5% da população rural e 7,7% da população urbana ainda permaneciam na extrema pobreza, mas, do total de cearenses nessa situação, 64,5% viviam em zona urbana e 35,4% na zona rural.
Diante disso, conforme o Ipece, já era possível perceber uma mudança no perfil da população extremamente pobre no Estado, que passou a ser majoritariamente urbana.
Com informações do Site Opinião CE.