segunda-feira, 19 de abril de 2021

Bebê cearense se recupera do coronavirus com uso da ECMO, mesmo tratamento de Paulo Gustavo

Se para alguns o nome é parte da identidade, para outros parece ser o próprio destino. Tem sido assim para a pequena Maria Vitória, que após 28 dias de internação, 22 deles na UTI, sobreviveu à Covid-19 aos 5 meses de vida com auxílio da ECMO, a Oxigenação por Membrana Extracorpórea.

Os sintomas começaram como os de uma gripe comum, e, mesmo sendo medicados, evoluíram de forma agressiva. No quinto dia, a tosse seca, de tão forte e insistente, levou embora o ar de Vitória, como relembra a mãe, Rayane da Silva, 24.

“Ela tossiu até ficar roxa. Corri pro hospital pedindo socorro, porque ela já tava desfalecendo nos meus braços. O médico disse ‘mãezinha, se não intubar agora, ela vai parar’. E me desesperei”, narra.

57 bebês

menores de 1 ano foram internados com Covid grave no Ceará, até 10 de abril, segundo a Secretaria da Saúde. Em 2020, foram 158 internações.

Na radiografia, o estado de saúde clínico da bebê se justificou: o comprometimento dos pulmões já estava em 95%, e ela precisou ser transferida a um leito de UTI infantil no Sopai, hospital infantil filantrópico de Fortaleza, onde permaneceu por cinco dias.

Contudo, mesmo com o tratamento intensivo, a gravidade do quadro da pequena permanecia, levando Vitória a ser praticamente desenganada pela equipe médica.

"O doutor pediu pra eu e o pai entrarmos pra ver ela, como se fosse pra gente se despedir. Disse que tinha tentando de tudo, mas ela não tinha nenhuma melhora. O último recurso era a ECMO, que só tinha no Hospital do Coração", conta Rayane.

Com informações do Diário do Nordeste.