quinta-feira, 16 de julho de 2020

Mais de 206 mil empresas fecharam no Nordeste na 1ª quinzena de junho, aponta IBGE

Foto Helene Santos
Na primeira quinzena de junho, cerca 206.511mil empresas tiveram que fechar suas portas no Nordeste, o resultado foi o terceiro maior do País, que ao todo fechou 1,3 milhão de empresas neste período. Os dados são referentes a primeira pesquisa Pulso Empresa, que mede impacto da Covid-9 no setor empresarial de todo o País. As informações foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (16).

A pesquisa revela que mais de 123 mil empresas encerraram definitivamente na região, enquanto mais de 83 mil fecharam temporariamente. Além disso, 411. 225 mil empresas afirmaram que estavam abertas, mesmo que parcialmente, em produção ou funcionamento.

Em todo o País, se contados as empresas que encerraram de forma definitiva e temporária, a região que apresentou as maiores perdas foi o Sudeste, que fechou mais de 733, 3 mil empresas. Logo em seguida estão: o Sul (277, 4 mil), Nordeste (206, 5 mil), Centro-Oeste (83 mil) e Norte (26,3 mil).

Já em relação ao quadro de funcionários, o Nordeste foi a região que apontou maior número de demissões no período, cerca de 41,4% das empresas afirmaram ter reduzido seu quadro de funcionários. Logo atrás, estão: o Sudeste (36,2%), Sul (30,2%), Centro-Oeste (28%) e Norte (27%).
Causas

No Nordeste, a maioria das empresas (61,6%) apontaram que a causa do fechamento não foi devido a pandemia da Covid-19, já 38,4% delas apontam a doença como motivo para o encerramento das atividades.

Em contrapartida, a pesquisa revela que 63% das empresas da região estão sentido um impacto negativo em seus negócios por conta deste período. No entanto, a porcentagem de empresas que estão sentindo um impacto positivo ou pequeno é quase o mesmo, de 18,6% e 18,4%, respectivamente.
Outros impactos

Outros impactos apontados pelas empresas na primeira quinzena de junho foram a fabricação de produtos e o atendimento ao clientes. Na região, 75,9% das empresas tiveram dificuldades nesses critérios, 21,3% não sofreram alteração e apenas 2,3% sentiram facilidade no período.

Já em relação ao acesso aos fornecedores de insumos, o Nordeste foi o que mais apresentou dificuldade em todo o País, cerca de 73,5% das empresas apontaram entraves nessa questão. A pesquisa ainda revela que 62,5% das empresas tiveram problemas com o pagamento de funcionários, fornecedores e tributos. 

Adoção de medidas

Para sobreviver a este período, as empresas também adotaram uma série de medidas para continuar com suas atividades. Cerca de 40,2% das empresas no Nordeste, alteraram o método de entrega dos produtos ou serviços e passaram a incluir também serviços online.

A reinvenção também fez parte desse período, já que 12,4% das empresas lançaram ou passaram a comercializar novos produtos e serviços durante a pandemia. Já em relação ao trabalhador, 24,7% das empresas adotaram o teletrabalho e 32% anteciparam as férias de seus funcionários.

A pesquisa também revela dados sobre as medidas burocráticas inerentes à própria empresa. Cerca de 38,1 % das empresas da região adiaram o pagamento de impostos e 15,9% conseguiram uma linha de crédito emergencial para realizar o pagamento da folha de salário.

Mas, para a adoção dessas medidas, 62,4% das empresas do Nordeste fizeram sem apoio do governo, de igual modo, 51,6% delas também tiveram acesso a uma linha de crédito emergencial sem apoio do governo. Apenas em relação a postergação dos impostos, cerca de 58,6% tiveram apoio, enquanto 41,4% não obtiveram.

Com informações do Diário do Nordeste.