terça-feira, 16 de junho de 2020

Cantor Sertanejo é o primeiro doador de plasma no Mato Grosso do Sul para pesquisa da cura do novo coronavírus

O cantor Mariano, dupla de Munhoz, comemorou nesta última segunda-feira (15), um momento importante para a pesquisa da cura do Covid-19 no Brasil. O sertanejo foi o primeiro doador de plasma, em Mato Grosso do Sul, para a pesquisa com base no Centro de Hematologia e Hemoterapia de Mato Grosso do Sul (Hemosul). Reproduzindo um vídeo de um meme, o cantor incentivou outras pessoas que também se curaram da doença, para doar.

Em março deste ano, o cantor anunciou nas redes sociais que foi contaminado pelo novo coronavírus e que sentiu dor no corpo, febre, dor de garganta e perda do olfato e paladar. O irmão de Mariano também contraiu a doença e precisou ser hospitalizado por dias.

“Fica aqui o meu apelo para você que já venceu essa doença, doar também para ajudar a curar e salvar mais vidas! Obrigado e parabéns a todos envolvidos nesse projeto”, escreveu o cantor.

Para o artista sul-mato-grossense, participar deste processo representa um importante passo no combate à pandemia. “Quando eu peguei a doença, fiquei sabendo dos estudos e da pesquisa e já me prontifiquei de imediato. Assim que liberaram, já sabiam que eu tinha me prontificado a ajudar. Com isso, nós levamos a bandeira do Estado para todo o Brasil. Estou muito feliz em ser o primeiro”.

Assista:

Sobre o estudo

O estudo é encabeçado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e conta, em Mato Grosso do Sul, com a participação do governo do Estado, por intermédio do Hemosul e Hospital Regional de MS, além de outras instituições, como Hospital Universitário da UFMS, Hospital das Clínicas da USP e da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP (São Paulo).

Em Mato Grosso do Sul, o responsável é o infectologista Júlio Henrique Croda. O estudo conta ainda com a participação de outros profissionais como Benedito Antônio Lopes da Fonseca, Benedito de Pina Almeida Prado Jr, Dante Langhi Jr., Dimas Tadeu Covas, Eugênia Maria Amorim Ubial, Gil Cunha De Santis e Rodrigo Calado de Saloma Rodrigues.

O estudo pretende avaliar o impacto da transfusão de plasma de convalescente (pacientes recuperados) da covid-19 em pacientes com quadro clínico grave dessa doença e vai trabalhar com a hipótese de que a transfusão de plasma de doador convalescente da Covid-19 poderá resultar em evolução clínica mais favorável e aumentar a taxa de sobrevida de indivíduos com acometimento grave pela doença.

Para testar a hipótese, serão tratados com plasma convalescente 40 pacientes com a forma grave da Covid-19 que terão seus desfechos comparados com grupo controle constituído de 80 pacientes com a mesma doença, com características e gravidade clínica semelhante. Cada paciente receberá uma dose aproximada de 10 mL/kg/dia de plasma convalescente (600 mL/dia para os adultos), por 3 dias consecutivos. Os participantes do estudo serão recrutados dentre os pacientes com infecção grave da Covid-19, tratados no Hospital Universitário da UFMS e no Hospital Regional de MS.

Com informações do Diário do Nordeste.