sexta-feira, 21 de setembro de 2018

TRF decide após o primeiro turno se Lula poderá conceder entrevistas e ser gravado; Haddad pode ser beneficiado

Preso desde abril na carceragem da sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saberá após o primeiro turno das eleições se poderá conceder entrevistas e ser fotografado dentro da prisão. Isso porque é estimado que a 8ª Turma do Tribunal Regional Eleitoral da 4ª Região (TRF-4) julgue dias após o pleito pedidos do fotógrafo Ricardo Stuckert, do PT e de Lula. As informações foram divulgadas primeiramente pelo UOL.

A medida poderia ter efeito catalizador em benefício do apadrinhado político de Lula em caso de provável segundo turno. Fernando Haddad poderia ganhar maior simpatia do eleitorado ao ser mostrada a situação do ex-presidente na prisão, além das falas em apoio num momento crucial da disputa pelo Planalto.

Os pedidos de entrevistas e fotos foram realizados quando Lula ainda era o candidato à Presidência pelo PT. Desde que foi preso, o ex-presidente não foi gravado ou entrevistado e se comunica com o público através de cartas ou mensagens enviadas por terceiros. O anúncio da substituição de Lula por Haddad na chapa do presidencial do PT foi realizada através de carta em que o ex-presidente dá sua “bênção” ao ex-prefeito de São Paulo.

As gravações de Lula que veiculadas foram nas campanhas de rádio e tevê são gravações que estavam nos arquivos do partido.

Apesar da expectativa, todos os pedidos já foram negados na primeira instância, pela juíza federal Carolina Lebbos. Recorrendo para a segunda instância os pedidos ficam a cargo dos membros que compõem a 8ª Turma. Os componentes são os desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus, os mesmos magistrados que no início do ano confirmaram a condenação de Lula no caso triplex.

O TRF-4 já ajuizou pedido parecido sobre a participação do petista nos debates televisivos e atos de pré-campanha. A petição realizada pelo PT, até sugeria que a participação de Lula poderia ser realizada por meio de vídeos gravados dentro da carceragem da PF. O pedido foi negado no início de agosto. Com informações do O Povo.