sábado, 9 de junho de 2018

Ciro Gomes descarta Lula, minimiza Bolsonaro e afirma que disputará 2º turno contra Alckmin

Ciro Gomes disse nesta sexta-feira, 9, que não acredita na candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a presidente. O pré-candidato do PDT a presidente apostou que disputará o segundo turno conbtra Geraldo Alckmin (PSDB). Nas mais recentes pesquisas dos principais institutos, nenhum dos dois chega a 10% das intenções de voto. As informações são do jornal O Globo.

Em visita a Buenos Aires, Ciro negou que polarize a disputa com Jair Bolsonaro (PSL-RJ). "Eu não rivalizo com Bolsonaro, rivalizo com Lula, e Lula, no meu cálculo doído que seja, não será candidato", afirmou em visita a Buenos Aires.

A despeito do desempenho fraco nas pesquisas até agora, ele apostou que o candidato do PSDB acabará subindo quando a campanha começar. "Alckmin tá lá embaixo, passando o pão que o diabo amassou, não decola, mas fatalmente crescerá. Pela minha experiência, o meu adversário do segundo turno é o Alckmin".

O ex-ministro explicou a razão de achar que Alckmin é mais competitivo que Bolsonaro, apesar de as pesquisas mostrarem o contrário por enquanto. "Bolsonaro tem sete segundos na TV e não tem candidatos a governador competitivos. É um projeto personalista, que poderá chegar a 18% ou 20%. Alckmin terá vários candidatos a governador, a senadores. Alckmin só tem a crescer, e Bolsonaro só pode cair".

Sobre o próprio desempenho, ele acredita que deve aparecer entre 10% e 12% das intenções de voto na pesquisa Datafolha que será divulada neste fim de semana. Ciro avalia que se favoreceu da greve dos caminhoneiros e acha que pode estar empatado com Marina Silva (Rede), objetivo que ele só projetava alcançar dentro de um mês, conforme disse.

"A greve dos caminhoneiros me ajudou, muita gente começou a falhar e eu tomei posição e isso me deu visibilidade".

Sobre o lançamento da candidatura de Lula nesta sexta, Ciro foi questionado até pela imprensa argentina, mas disse que não iria se manifestar. "Há 16 anos, o presidente Lula assumiu o poder no Brasil e todos os dias, até hoje, eu o apoiei. E todas as vezes que fiz algum comentário que desagradou uma parte da burocracia do PT fui intensamente criticado, para usar uma palavra moderada. Por isso, compreendendo o trauma e pelo respeito pelo momento do PT, eu me reservo o direito de não fazer mais nenhum comentário sobre o PT e seus rumos estratégicos".