segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Icoenses querem mais água do Açude Orós para o Lima Campos

Açude Lima Campos está com apenas 13,90% de água acumulada (Foto: Reprodução)


Com menos de 15% de sua capacidade total, o Açude Lima Campos está reduzindo diariamente seu volume de água acumulada. O reservatório é a principal fonte de abastecimento humano do município de Icó. Não tem indícios de passar a crise hídrica, já que para os meses de novembro e dezembro é de previsão sem chuva.

De acordo com o Portal Hidrológico do Ceará, enquanto o açude Orós, que repassa cerca de 11 mil litros por segundo para o Castanhão, registrou queda de 24,12% para 18,70%, entre 1º de janeiro deste ano e esta segunda-feira (31), o Lima Campos já baixou 1,74 metro e reduziu seu volume em quase metade, saindo de 26,89% para 13,90% na verificação mais recente, realizada no último dia de outubro.

A construção de uma adutora de engate rápido entre Orós e Lima Campos, obra contratada pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), foi a esperança para a garantia da transferência de água entre os reservatórios.

Orçada em R$ 353 mil, a montagem da adutora emergencial para o açude Lima Campos foi concluída, de acordo com a Cogerh, no dia dois de setembro e após testes foi iniciado o bombeamento no dia 14 daquele mês, chegando a água no dia 16, com uma vazão estimada média de 400 litros por segundo.

A obra visa a garantir o abastecimento humano das comunidades de Igarói e Guassussê, e do município de Icó, além da manutenção das culturas permanentes no perímetro Icó/Lima Campos.

Açude Lima Campos, em maio de 2016 estava com pouco mais de 20% de água acumulada (Foto: Reprodução)


Contudo, segundo observado pela comissão que visitou o Açude Orós, o prazo inicial de 45 dias teria sido extrapolado, causando atraso na chegada da água, além do uso parcial dos canos destinados à obra, 400 metros de 2 Km propostos, conforme as informações coletadas.

A mais recente mobilização e protesto realizados sobre as águas do Lima Campos aconteceu no dia 29 de abril deste ano, na parede do açude. Na ocasião, os manifestantes protestavam contra a entrada de centenas de caminhões pipa que coletavam água diariamente no reservatório federal, com medo de redução drástica no volume do espelho d’água.





Fonte Site Miséria