terça-feira, 24 de maio de 2016

Bebês dividem o mesmo leito em hospital público infantil no Recife

Hospital Helena Moura com falta de leitos para crianças (Foto: Reprodução/TV Globo)
(Foto: Reprodução/TV Globo)

A imagem de corredores cheios de macas, comum nas principais emergências adultas do Estado, invadiu a pediatria. O Hospital Helena Moura, na Tamarineira, Zona Norte do Recife, referência da rede pública do Recife no atendimento infantil, sofre com a superlotação. Uma cena enviada para a TV Globo mostra dois bebês internados em um só leito, o que é proibido, por causa do risco de infecção.

A Resolução de Diretoria Colegiada Nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), prevê uma distância mínima de um metro entre leitos de enfermaria pediátrica – e, consequentemente, entre pacientes. O leito compartilhado é um reflexo da quantidade de pacientes. A enfermaria, com capacidade para 28 crianças, estava com 43 pacientes, na manhã de segunda-feira (23). Além disso, há berços e camas no meio da passagem e doentes internados em cadeiras.

A raiz dos problemas é uma reforma que deveria ter sido concluída em agosto de 2014, mas ainda se arrasta. A obra, orçada em R$ 915 mil, limita o espaço físico do hospital. E obriga pacientes a receber atendimento nos corredores, em meio a tapumes e placas.


A reportagem esteve no Hospital Helena Moura e atestou a superlotação. São crianças internadas nos corredores, em leitos ou mesmo em cadeiras. Em um dos setores, pacientes de enfermaria se misturam aos de emergência.

“Não tem vaga. Passei o dia todinho lá fora, porque não tinha leito aqui dentro. Está tudo ocupado, lotado. O governo não tem dinheiro para gastar com saúde, mas com Carnaval e São João eles têm”, esbravejou a mãe de um paciente.




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