domingo, 31 de janeiro de 2016

Após mortes em série, Londrina terá 10 dias de força-tarefa

Uma força-tarefa para restabelecer os índices de criminalidade "de costume" atuará em Londrina, no norte do Paraná, durante dez dias. A medida é uma resposta do governo estadual à onda de assassinatos que ocorreu na cidade entre a sexta-feira (29) e a madrugada de sábado (31), após a morte de um policial militar.

De acordo com o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp), Wagner Mesquita, que fez o anúncio da força-tarefa neste domingo (31), em 2015, a Londrina registrou 55 homicídios. O relatório da Sesp mostra que foram 37 vítimas de homicídio doloso, entre janeiro e setembro do último ano, em Londrina.

Ao anunciar esta força-tarefa Mesquita, disse que a cidade terá 80 policiais militares e dois delegados a mais para investigar as mortes. Na prática, as autoridades policiais vão adotar estratégias para cumprir mandados de prisão em aberto, apreender armas de fogo e realizar abordagens.

As 150 tornozeleiras eletrônicas, utilizadas por presos em regime semiaberto, serão monitoradas 24 horas por dias por equipes de plantão em Curitiba e Londrina.

Na segunda-feira (1º), de acordo com Mesquita, será emitida uma normativa com diretrizes e mudanças de competências e atribuições. Após o período de 10 dias, a Secretaria de Segurança Pública irá avaliar os resultados para verificar se a ação será estendida ou não.

A Polícia Civil ainda contará com o apoio da Inteligência e da Corregedoria da Polícia Militar, já que a investigação não descarta a participação de policiais militares nestes últimos homicídios.

O secretário voltou a afirmar que as mortes de policiais que ocorreram no estado recentemente não tem ligação com o crime organizado. “Não há indicativo nenhum de ordem de comando de fação criminosa contra a Polícia Militar até o momento”, disse Wagner Mesquita.





Fonte G1